JOSÉ FLÁVIO PESSOA DE BARROS

Posted by on 3 de junho de 2011

Miguel Couto

José Flávio Pessoa de Barros foi um grande pesquisador da cultura afro-brasileira. Conseguiu, através de muito trabalho e esforço, se destacar não só no meio acadêmico, como também no campo religioso. Iniciado para Oxaguian e filho da saudosa e lendária Iyalorixá Nitinha de Oxum, descendente do Ilê Asé Iyá Nassô Oká (Casa Branca do Engenho Velho) foi o fundador do Ilé Asé Omí Iwí Odara, localizado em Cachoeiras de Macacú (RJ). Nessa casa, iniciou diversos filhos no culto aos orixás. Foi professor e escritor, tendo como especialidades as áreas de Antropologia das Religiões, Religiões Afro-Brasileiras e Etnobotânica.

Na sua formação acadêmica podemos citar:

1969 – graduação em Direito, Universidade Cândido Mendes

1971 – graduação em Ciências Físicas e Biológicas, Universidade Gama Filho

1974 – especialização em Antropologia Biológica e Arqueologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

1983 – doutorado em Antropologia, Universidade de São Paulo

1986 – pós-doutorado, Universidade de Paris.

Foi autor de diversos livros, onde merecem destaque:

*A Galinha d’Angola: Iniciação e Identidade na Cultura Afro-Brasileira. Arno Vogel, Marco Antonio da Silva Mello, Rio de Janeiro: Pallas, 1993.

*O Segredo das Folhas: Sistema de Classificação de Vegetais no Candomblé Jêje-Nagô do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas: UERJ, 1993, 1997, ISBN 85-347-0024-9

*Ewe Orisa: Uso Litúrgico e Terapeutico de Vegetais. Bertrand Brasil, 2000, ISBN 8528607445

*Na Minha Casa: Preces aos Orixás e Ancestrais, Pallas, 2003, ISBN 8534703523

*A Fogueira de Xangô, o Orixá de Fogo, Pallas, 2005, ISBN 8534703507

*Banquete do Rei-Olubajé, Pallas, 2005, ISBN 8534703493

Ilé Asé Omí Iwí Odara - Cachoeiras de Macacú

 

8 Responses to JOSÉ FLÁVIO PESSOA DE BARROS

  1. Claudia Carvalho

    Estive fora do Brasil por alguns anos, ao tentar encontrar amigos da UERJ, me deparei com a nota de falecimento do Professor José Flávio, um grande amigo, uma grande perda, aproveito para saber como fazer contato com sua filha Beth.

    • Gunfaremim

      Prezada Claudia, realmente foi uma perda imensa para todos nós que conhecíamos o trabalho e o ser humano maravilhoso que foi o grande mestra José Flávio. Infelizmente não tenho como informar a respeito do contato com sua filha, Beth. Atenciosamente.

  2. LUIZ ERNESTO FRAGA

    TENHO NO LIVRO Ewe Orisa: Uso Litúrgico e Terapeutico de Vegetais. Bertrand Brasil, 2000, DO PROFESSOR JOSÉ FLAVIO, UM GUIA TANTO PARA MINHA PRÁTICA RELIGIOSA (SOU UMBANDISTA PRATICANTE), COMO PARA MINHAS AULAS DE MITOLOGIA AFRICANA, DENTRO DE UM CURSO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS NO RIO DE JANEIRO. UM FORTE AXÉ PRA TODOS DO ORUN E DO AYIÊ.

    • Gunfaremim

      Axé mano Luiz! A Obra de Pai Flávio de Oguian será eterna. Esse é o meu livro de cabeceira. Muita sorte na caminhada!

  3. Tomeje

    Gunfaremim, pouco eu posso falar que amenize a dor e o sentimento de perda que tenho neste momento. O pouco tempo em que convivi com esta família me senti de fato numa família em todos os sentidos. Só tenho que agradeçer ao privilégio de ter conhecido, convivido e aprendido com o Professor e Pai José Flavio. Saibam que foi uma grande honra pra mim que o meu Orixa Ogun tenha participado da festa de Ogun e Oxossi em 2011. Estarei sempre com todos vcs. Axé, Tomeje.

    • gunfaremim

      Muito obrigado meu velho, vamos continuar levando adiante essa bandeira. A cultura de nossos ancestrais jamais será esquecida, pois a carregamos no corpo e na alma. Muito axé, Jonatas d’Ogún.

  4. Silvana S. Barbosa

    Jonatas; fiquei profundamente chocada com a notícia veiculada do falecimento do respeitado e considerado Prof. José Flávio Pessoa de Barros, antropólogo e babalorisá muito estimado pelos seus alunos, amigos e filhos de santo. Recentemente senti-me honrada por fazer uma resenha de um dos livros deles “A FOGUEIRA DE XANGÕ”, em que pude descrever a relação de família e gênero na cultura de matriz africana. Esperava antes da notícia de fazer uma entrevista com ele para a minha tese de Mestrado. Enfim, ficou a dor da perda de uma pessoa expressiva dentro da cultura acadêmica e de um representante na cultura do Candomblé. Gostaria de externar a minha dor aos familiares do Asé e que Olorum ilumine e conforte cada um de vocês para o reinício de suas caminhadas. Um grande abraço fraterno. Silvana d’Odé

    • gunfaremim

      Muito obrigado Silvana,
      vamos continuar cultivando esse conhecimento e levando adiante essa luta. Nosso amado professor foi único, sua obra será eterna, principalmente em nossos corações, um forte abraço. Jonatas d’Ogún.

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