Não devemos quebrar promessas feitas aos voduns

Posted by on 20 de junho de 2015

 

Iroko Africano

Esta é a história de um homem pobre que se chamava Kakpo. Esse fato aconteceu em Tendji.

Há muito tempo, Loko era uma árvore sagrada. Havia um homem pobre que trabalhava com o machado. Ele cortava árvores para conseguir madeira. Um dia, encontrou uma árvore boa para cortar. Ele foi cortar Loko.

Loko lhe disse: -Não me corte. Nenhum homem deve me cortar. Há três voduns que vivem na árvore de Loko: Dan, Dangbe e Tohwivo, do clã de Ayato, uma vila em Abomey. Loko tem sete tipos de pequenas cabaças duplas. Loko disse ao homem:

– Vire-se para mim. Se eu lhe der riquezas, você fará tudo que eu mandar?

O homem lhe respondeu: -Sim!

Loko deu-lhe sete das pequenas cabaças duplas e disse-lhe: Encontre um bom lugar e quebre uma na terra. Se eu der as riquezas você me dará um boi anualmente?

-Sim, respondeu o homem.

Aquele lugar onde o pobre homem quebrou a primeira cabaça tinha se tornado sagrado. Quebrou então a segunda.

Muitas casas apareceram.

Quando quebrou a terceira cabaça as casas foram cercadas por paredes.

Com a quarta, redes, bancos e almofadas apareceram, tudo que era necessário à um rei.

Quebrou a quinta cabaça e viu muitas pessoas nas casas. Com a sexta surgiram cavalos. Montou um cavalo. Quand quebrou a sétima cabaça encontrou Fa e Legba, e não apenas as coisas para adorá-los.

Mas Kakpo não deu a Loko o boi que lhe tinha prometido.

Loko se transforma em um homem pobre, usando roupas de ráfia, e vai pedir água a Kakpo.

Encontrou o Minga de Kapo, que se tornou rei.

O minga disse: – Saia daqui! Que tipo de homem é você que veste-se com roupa de ráfia?

E Loko foi afastado. Voltou uma segunda vez. O minga surrou-o com um chicote. Loko foi embora. Voltou uma terceira vez. Os aldeões estavam ocupados em cultivar para o chefe. Bateram em Loko novamente.

Desta vez, Loko começou a cantar uma canção:

-“Ponham aqui as sementes, venham aqui e dancem para mim, seus dançarinos que dançam bem”.

Loko cantava assim e, enquanto cantou, todas as pessoas que cultivavam desapareceram.

Kakpo ficou pobre outra vez. Loko deixou-o somente com um pano de ráfia. Fa retornou ao seu reino.

Kakpo foi outra vez à Loko. Diante dele, encostou sua testa na terra e implorou que Loko o perdoasse. Disse: -Eu lhe darei o boi que havia prometido. Mas Loko recusou.

Kakpo e sua vila viveram o resto de suas vidas pobremente.

FONTE: WWW.KWECEJANEJI.ORG

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