Esta é a história de um homem pobre que se chamava Kakpo. Esse fato aconteceu em Tendji.
Há muito tempo, Loko era uma árvore sagrada. Havia um homem pobre que trabalhava com o machado. Ele cortava árvores para conseguir madeira. Um dia, encontrou uma árvore boa para cortar. Ele foi cortar Loko.
Loko lhe disse: -Não me corte. Nenhum homem deve me cortar. Há três voduns que vivem na árvore de Loko: Dan, Dangbe e Tohwivo, do clã de Ayato, uma vila em Abomey. Loko tem sete tipos de pequenas cabaças duplas. Loko disse ao homem:
– Vire-se para mim. Se eu lhe der riquezas, você fará tudo que eu mandar?
O homem lhe respondeu: -Sim!
Loko deu-lhe sete das pequenas cabaças duplas e disse-lhe: Encontre um bom lugar e quebre uma na terra. Se eu der as riquezas você me dará um boi anualmente?
-Sim, respondeu o homem.
Aquele lugar onde o pobre homem quebrou a primeira cabaça tinha se tornado sagrado. Quebrou então a segunda.
Muitas casas apareceram.
Quando quebrou a terceira cabaça as casas foram cercadas por paredes.
Com a quarta, redes, bancos e almofadas apareceram, tudo que era necessário à um rei.
Quebrou a quinta cabaça e viu muitas pessoas nas casas. Com a sexta surgiram cavalos. Montou um cavalo. Quand quebrou a sétima cabaça encontrou Fa e Legba, e não apenas as coisas para adorá-los.
Mas Kakpo não deu a Loko o boi que lhe tinha prometido.
Loko se transforma em um homem pobre, usando roupas de ráfia, e vai pedir água a Kakpo.
Encontrou o Minga de Kapo, que se tornou rei.
O minga disse: – Saia daqui! Que tipo de homem é você que veste-se com roupa de ráfia?
E Loko foi afastado. Voltou uma segunda vez. O minga surrou-o com um chicote. Loko foi embora. Voltou uma terceira vez. Os aldeões estavam ocupados em cultivar para o chefe. Bateram em Loko novamente.
Desta vez, Loko começou a cantar uma canção:
-“Ponham aqui as sementes, venham aqui e dancem para mim, seus dançarinos que dançam bem”.
Loko cantava assim e, enquanto cantou, todas as pessoas que cultivavam desapareceram.
Kakpo ficou pobre outra vez. Loko deixou-o somente com um pano de ráfia. Fa retornou ao seu reino.
Kakpo foi outra vez à Loko. Diante dele, encostou sua testa na terra e implorou que Loko o perdoasse. Disse: -Eu lhe darei o boi que havia prometido. Mas Loko recusou.
Kakpo e sua vila viveram o resto de suas vidas pobremente.
FONTE: WWW.KWECEJANEJI.ORG